quarta-feira, novembro 01, 2006

Vozes tumultuosas chamam por mim no cair da noite.. Sinto-me irregularmente inquieto..
Um pesadelo que nao me desfaço por noites afins..
Tenho a sensação que estou em todos os lugares, mas em nenhum lugar ao mesmo tempo, numa eterna espera.
Observo em mente a minha vida, minha casa, a minha família como se eu estivesse de fora, sendo apenas um observador anônimo. Ao mesmo tempo sinto-me como se estivesse dentro de tudo e de todos, sentindo na minha carne cada dor, cada desilusão, vivendo com meu coração esse drama diário.
Consigo notar com clareza o fluir de lágrimas ressequidas na minha pele, caídas durante as noites mais dolorosas..
Amargurado e perturbado arrasto o meu coraçao pesado, por um caminho adentro, procurando a água.. A mesma água que os deuses a identificam como sagrada..
Absolutamente só e desamparado procuro um rumo diverso ao meu ser.. segurando por um fio os meus sentimentos, as minhas recordações.. a minha vida...
Na minha outra mão seguro o meu retrato a preto e branco, andando alucinado por um caminho alternativo, buscando as cores que perdi no passado..
Sangrando reservado, e com meu espirito incapacitado para uma nova vida, novas opurtunidades..
Vou esculpindo minha pedra.. e aguardar o próximo reaparecer..